Maputo Hospitaleiro é uma iniciativa que resulta de uma
aliança entre o INEFP ( Maputo), Conselho
Municipal da Cidade de Maputo, Ministério do Turismo e a SNV.
Este projeto objetiva colaborar com a estruturação dos
micro-polos turísticos da cidade, a partir da formação de 400 trabalhadores
informais que operam em atividades associadas ao turismo.
No momento e atendendo a Etapa 1 do projeto, a TUR-CONSULT
tem elaborado um estudo completo a onde se apresentam valiosas informações
sobre o perfil dos trabalhadores informais e suas necessidades de formação.
Aqui vale a pena ressaltar que os trabalhadores informais movimentam mais de
US$ 2.8 milhão de dólares na Cidade, tendo em torno dos 1500 trabalhadores.
Por esta e outras razões os trabalhadores informais
constituem um importante elemento da cadeia de valor do turismo de Maputo, sendo
ainda um fator relevante na satisfação do turista que visita a nossa
cidade.
Os trabalhadores informais associados ao turismo, não são
necessariamente um problema da Cidade, são sim empreendedores que percebem no
turismo uma oportunidade de auto-desenvolvimento, veja-se o caso dos vendedores
de artesanato da FEIMA e da Feira do Pau.
É fundamental que seja percebido que quando estabelecidas
melhores condições de trabalho, os trabalhadores informais conseguem
adaptar-se, organizar-se e atender a padrões mínimos de qualidade. Vejamos a
revolução que se observa na FEIMA que é fantástica e serve como inspiração para
avançar com outras propostas estruturantes.
Sabia por exemplo que esta proibido vender Marfim na
FEIMA? Este tipo de orientação/
conquista é possível e com isto o
Turismo/ Artesanato, torna-se em um aliado do desenvolvimento e não ao
contrário.
É importante ressaltar que Maputo Hospitaleiro, esta integrado
a agenda de desenvolvimento do turismo do Município, principalmente pelo seu
compromisso em colaborar com a estruturação dos micro-polos turísticos,
trabalho este que graças ao apoio do Vereador de Atividades Económicas João
Munguambe, tem engrenado.
A expectativa que se tem e que o projeto beneficie pessoas
na zonas da Marginal, Baixa e Mafalala, mas esta decisão irá depender do
transcurso do trabalho e das decisões do Grupo de Coordenação.
Como já foi dito em artigos anteriores, o projeto vem sendo implementado em 7 países graças
ao financiamento da Comissão Europeia.
Em nosso país, foi batizado com o nome de Moçambique Hospitaleiro, sendo que cada um dos
destinos que esta a se beneficiar, neste caso Maputo e Inhambane, estão a adotar
suas próprias marcas.
Que viva Moçambique Hospitaleiro e seus dois filhos
Maputo e Inhambane Hospitaleiro , e que s trabalhadores informais se tornem o futuro
de uma industria cada vez mais inclusiva em Moçambique.
Federico
Vignati
Assessor Sénior
de Desenvolvimento Económico da SNV
Coordenador
do Programa Moçambique Hospitaleiro